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ESG: médias empresas também precisam de estratégia
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ESG: médias empresas também precisam de estratégia

Sumário

Muitos gestores valorizam o ESG, mas não sabem como agir. Com uma boa ajuda profissional, é possível criar uma estratégia ESG para empresas de qualquer tamanho

ESG não tem tamanho. Toda e qualquer empresa, de qualquer porte, precisa ter em seus planos de atuação a preservação ambiental, o bem-estar social, dentro e fora do ambiente de trabalho, e uma boa governança, por meio de uma administração que equilibre resultados financeiros, ambientais e sociais.

Assim, investir em ESG é uma questão de sobrevivência corporativa. Consumidores e investidores estão cada vez mais exigentes no uso de seu dinheiro. Por isso, cobram cada vez mais das companhias o comprometimento com o cuidado com o meio ambiente e com as pessoas. E isso vem determinando cada vez mais os produtos e serviços que consomem e nos quais investem.

Muitos empresários estão cientes da necessidade de desenvolver uma estratégia ESG para seus negócios. Nas grandes companhias, o desenvolvimento dessas ações já está bastante maduro. Entre as de pequeno porte, a pesquisa ‘O engajamento dos pequenos negócios brasileiros às práticas ESG’, do Sebrae Mato Grosso, antecipada pelo Estadão, mostra que 91% das pequenas empresas consideram ‘importante’ ou ‘muito importante’ incluir o tema em sua gestão.

Mas, e as médias empresas? Em artigo na Exame, André Luis Rodrigues, professor associado da Fundação Dom Cabral (FDC), destaca que a consciência da importância do ESG é presente, mas ainda há uma grande dificuldade dessas companhias para implementar ações que tragam resultados efetivos nos três pilares da agenda – ambiental, social e governança.

Faltam políticas e projetos claros, com ações definidas, tanto dentro da empresa quanto junto aos steakholders. É importante que se forme uma grande rede, que replique e multiplique as ações. Muito se fala, mas pouco ainda se faz’, destacou o professor da FDC.

O que uma média empresa ganha com uma estratégia ESG?

Rodrigues, da Fundação Dom Cabral, ressalta que a agenda ESG pode aumentar a relevância e a longevidade das médias empresas. Ele destaca, como já mencionamos antes, que empresas com boas práticas ESG têm se tornado mais relevantes – isso significa mais clientes e mais investidores. Além disso, ‘os colaboradores demonstram orgulho de fazer parte, e a sociedade percebe que esta empresa é socialmente responsável’, completa o professor.

Portanto, uma estratégia ESG bem estruturada, com ações bem definidas e métricas para verificação de resultados, melhora a reputação de uma média empresa. Os benefícios vêm em seguida: atração de investidores comprometidos com responsabilidade social; aumento da eficiência operacional; redução de riscos ambientais e sociais – e, por consequência, de custos; promoção da inovação; e atração de talentos engajados com valores sustentáveis.

Fica claro, portanto, que uma abordagem ESG sólida pode levar a uma maior resiliência da média empresa a longo prazo, uma vez que considera não apenas seus lucros, mas também o impacto de suas atividades nos stakeholders, no meio ambiente e na sociedade.

O que uma média empresa precisa observar ao criar sua estratégia ESG?

Médias empresas não só podem como devem investir na implantação de uma estratégia ESG em seus negócios. E muitos gestores não apenas conhecem o tema, mas também sabem da importância de investir nessa agenda no dia a dia de suas atividades. Só que muitas vezes não sabem por onde começar.

Os diversos passos de uma média empresa na sua jornada para estabelecer uma estratégia ESG incluem, entre outros pontos:

  • Avaliação inicial: Identificar os principais impactos e riscos nas diversas categorias ESG. Na área ambiental, considerar o consumo de energia e sua fonte de geração, a gestão de resíduos e as emissões de carbono. No quesito social, avaliar práticas de trabalho, diversidade, segurança do trabalho e relações com a comunidade. Na categoria governança, examinar a estrutura de liderança, a transparência financeira, a ética e as práticas anticorrupção, são alguns exemplos.
  • Definição de metas e indicadores: Após o diagnóstico inicial, é preciso estabelecer metas específicas, plausíveis e mensuráveis para cada categoria ESG. Por exemplo, se a média empresa tem uma pegada de carbono significativa, uma meta pode ser estabelecer uma redução percentual de emissões em um prazo de tempo determinado. Nesse sentido, pode-se usar indicadores como métricas de consumo de energia, emissões de CO2 por unidade produzida, taxas de reciclagem, etc.
  • Comprometimento e envolvimento da liderança: A alta liderança da empresa tem de estar comprometida com a estratégia ESG. Isso envolve comunicar a importância do ESG, estabelecer orçamento e recursos adequados e integrar os objetivos ESG aos planos de negócios.
  • Desenvolvimento de políticas e iniciativas: É preciso criar políticas e programas específicos para cada categoria ESG. Na área social, por exemplo, pode-se implementar políticas de diversidade e inclusão, como programas de treinamento e recrutamento focados em grupos sub-representados.
  • Comunicação e transparência: É fundamental comunicar internamente e externamente as metas e ações da estratégia ESG da empresa. Há vários instrumentos para isso, como relatórios de sustentabilidade, atualizações regulares aos funcionários e envolvimento com partes interessadas externas, como investidores e clientes.
  • Implementação e monitoramento: É o momento de colocar a mão na massa, a hora de colocar em prática as políticas e as iniciativas planejadas. E estabelecer sistemas de monitoramento para avaliar o progresso em relação às metas estabelecidas.
  • Avaliação e ajustes: Periodicamente, é necessário avaliar os resultados alcançados e fazer ajustes na estratégia ESG, se for necessário. Se certas metas não estiverem sendo atingidas, é fundamental analisar as razões para isso e fazer adaptações na estratégia.
  • Envolvimento das partes interessadas: Uma andorinha só não faz verão. Por isso, é preciso engajar clientes, fornecedores, investidores e outras partes interessadas na estratégia ESG. Isso pode ser feito por meio de parcerias, colaborações e diálogo aberto.

Como uma média empresa pode montar uma estratégia ESG?

O que todo líder de uma média empresa deve ter em mente é que a estratégia ESG é um processo contínuo, de muito aprendizado e ajustes. E que cada empresa, seja ela grande, média ou pequena, é única. Portanto, as ações específicas e os exemplos para o estabelecimento de uma agenda ESG podem variar de acordo com o setor, a localização e o contexto da média empresa. Ainda que exemplos bem-sucedidos de outras companhias possam servir de referência.

Integrar a sustentabilidade aos negócios exige acompanhamento profissional. Essa é a expertise da Konexio

A Konexio orienta empresas que queiram criar uma estratégia ESG, desde os primeiros passos, com mapeamento de riscos socioambientais e oportunidades em toda a cadeia de valor, até a criação de indicadores para a gestão de temas relevantes para a organização.

Se você deseja traçar uma estratégia comprometida com o futuro do mercado corporativo, fale conosco.

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